Três novos jogos e muita expansão do universo.
Em 2014, a Microsoft adquiriu os direitos da franquia Gears of War da Epic Games e reformou um novo estúdio – agora conhecido como The Coalition – para cuidar da marca. E nomeou o co-criador da série, Rod Fergusson, para liderar a equipe. As coisas começaram propositalmente lentas e firmes. Primeiro, houve uma remasterização do jogo original, seguida por Gears of War 4, um jogo claramente feito para os saudosistas da franquia.
“Estávamos com tanto medo de que as pessoas pensassem que iríamos levar o jogo e não sermos fiéis à franquia”, explica Fergusson em entrevista ao The Verge.
“Eu não queria que fosse visto assim. Então eu realmente dei prioridade para que a primeira coisa que saísse fosse um autêntico jogo do Gears. Agora que fizemos isso, construímos uma base, agora é a hora de avançar ainda mais.”
Ontem, durante a E3, em Los Angeles, a Microsoft não anunciou o próximo Gears of War. Ela também revelou um plano para transformar a franquia em algo muito maior do que uma série de shooter de console. Ao lado do Gears 5, há também um jogo de estratégia baseado em turnos para PC chamado Gears Tactics e um jogo mobile bonitinho com um estilo de arte do Funko chamado Gears Pop. Estes são jogos destinados a ampliar o público da série, tanto em termos de quem joga os jogos do Gears, quanto de onde eles jogam.
Gears 5 foi um próximo passo óbvio para a série, mas uma vez iniciado o desenvolvimento, Fergusson diz que começou a questionar como o Gears poderia continuar evoluindo. “Que tipo de outras coisas podemos fazer?”
Se o processo parece familiar, é porque a Microsoft já fez algo semelhante com a sua franquia mais importante, Halo. Em 2007, a empresa comprou os direitos da série de tiro sci-fi da desenvolvedora original, a Bungie, e então formou a 343 Industries, um estúdio focado inteiramente na criação de novos títulos no universo Halo. Isso começou com remasterizações e novos jogos para o console, mas eventualmente, o mundo de Halo também se expandiu para incluir títulos móveis e uma série de estratégia em tempo real chamada Halo Wars. O manual foi escrito, dessa vez, para o Gears. Fergusson e a Microsoft estavam apenas esperando o momento certo para utilizá-lo.
O desenvolvimento do Gears 5 começou pouco depois do lançamento do quarto jogo, e Fergusson diz que logo começou a pensar em títulos complementares. “Como criador, você cria esse mundo e quer que o maior número possível de pessoas tenha acesso a ele”, explica ele.
“Então você olha quais são as barreiras para as pessoas, e a plataforma é uma delas. Então, levando em conta um jogo de console de tiro em terceira pessoa, foi tipo: “Bem, onde mais podemos ir?” Então, como a equipe principal está focada no Gears 5, também temos uma equipe editorial falando sobre o que poderíamos fazer para o PC, isso seria mais do que apenas um jogo de console portado. Uma verdadeira experiência autêntica no PC.”
E o resultado disso é o Gears Tactics, um jogo de estratégia baseado em turnos que soa como uma mudança dramática para a franquia, mas na prática se parece muito com XCOM. Ainda há aspectos importantes da franquia, como combate baseado em coberturas e batalhas massivas contra chefes, mas elas foram colocadas em um contexto ligeiramente diferente, construído exclusivamente para o PC. Enquanto a The Coalition está supervisionando o projeto, Tactics está sendo desenvolvida pela Splash Damage, um estúdio do Reino Unido que anteriormente trabalhava com a Microsoft para portar os Gears no PC.
Se Tactics for um ligeiro desvio para a série de jogos de tiro, o Gears Pop, que está chegando ao iPhone e ao Android no próximo ano, pode oferecer também a mesma experiência. O jogo bonitinho transforma os personagens de Gears em grandes figuras do Funko Pop e oferecerá o que o presidente da Funko, Brian Mariotti, descreve como “jogabilidade explosiva, cover, habilidades distintivas e poderosas com uma grande profundidade na progressão do jogador”, para os fãs de estratégia que adora visuais charmosos, estratégia de ação empolgante e brincadeiras em tempo real.
O desenvolvimento do Pop está sendo supervisionado pela The Coalition, mas liderado pelo Mediatonic (estúdio do Reino Unido conhecido por títulos peculiares como o Hatoful Boyfriend) com a Funko também contribuindo não apenas com arte, mas também consultando sobre aspectos como diálogo e interface de usuário.
Como parte deste processo de expansão para novas plataformas e gêneros, Fergusson – que trabalhou na série desde a sua criação – diz que foi forçado a reexaminar o que é um jogo do Gears of War. “O jogo móvel realmente nos levou a estaca zero”, disse ele. “Antes, se você dissesse: ‘Ok, quais são os princípios da franquia de Gears of War?’ Brutal provavelmente seria uma das palavras que você usa. Mas isso não se aplica realmente ao jogo para dispositivos móveis. Então começamos a pensar nisso como algo consolidado. Você começa a instigar até sua essência mais verdadeira.” De acordo com Fergusson, esse núcleo do Gears se resume a três fatores fundamentais: cover, co-op e personagens.
As mudanças para o Gears of War também representam parte de uma mudança mais ampla para a Microsoft. De acordo com Matt Booty, diretor da Microsoft Studios, os esforços como o que The Coalition está tendo são uma maneira de combater a escassez. “É uma ação que estamos tomando”, diz ele. “A primeira coisa que nos sentimos empoderados a fazer é construir e expandir nossas franquias existentes. Eles são um grande trunfo.”
A Microsoft teve algum sucesso com essa estratégia, mais notavelmente com o Minecraft, que está disponível em quase todas as plataformas imagináveis. Para Fergusson, os três jogos anunciados na E3 representam apenas um primeiro passo no processo – e eles são todos os mais de 300 profissionais que podem lidar agora com os projetos agora. “Eu não acho que estou pronto para anunciar um quarto jogo”, ele admite. “Eu não sei como a The Coalition administraria.”
Portanto meus caros Gears, fique tranquilo que a franquia não vai acabar tão cedo.
Só quero saber de uma coisa o servidor se vcs vão trabalhar nisso porque o Brasil não tem um servidor k podemos jogar